Além de músicos brasileiros, a orquestra tem participantes de Cuba, França, Guiné, Congo, Haiti, Palestina, Irã, Tunísia e Síria. Foto em: estúdio Espaço 91
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Há 15 anos atrás Antunes já conceituava São Paulo como uma cidade de todos os povos, mas sem interação entre eles. “E minha ideia sempre foi a de juntar esses povos.”. A Refugi despertou durante as oficinas para imigrantes e refugiados, ministradas por Antunes e a assistente social Cleo Regina, ministradas no SESC. “Se você canta ou toca algum instrumento, junte-se a nós”, chamavam os anúncios direcionados às comunidades. O processo de formação da Orquestra Mundana Refugi se deu ao longo de dois meses do projeto REFUGI.
CARLINHOS ANTUNES, viveu no Marrocos, Madri e País Basco, e viajou por 43 países em busca de histórias e informações que revelassem a interseção entre os povos. Atualmente conduz um grupo com 19 integrantes de idiomas e dramas diferentes, imigrantes ou em situação de refúgio chegados de Síria, Palestina, Guinea-Conacri, Congo, Cuba, França e Brasil. Que trazem consigo diferentes tradições.
"Aprendo todos os dias como lidar com esse encontro da cultura da oralidade dos povos com o pensamento lógico e cartesiano da academia europeia. Só aprendemos com eles se tivermos respeito. Um músico do Irã pode ter dificuldade em entender determinado tempo rítmico ou alguma escala, mas isso será secundário diante de toda a história que ele traz na bagagem. Vá você tentar se comunicar no país dele usando toda a bagagem teórica que aprende no Brasil e vai entender que não é fácil."
Quem compõe a Orquestra Mundana Refugi?
O canto de trabalho 'Planté Mayi', foi apresentado ao grupo pelo haitiano Junior Odnel durante uma das oficinas. 'Samai Atlântico', composta por Raouf Jemni, da Tunísia, foi integrada ao repertório por ocasião da vinda do jovem compositor ao Brasil, participando de três concertos com a orquestra. Cantos tradicionais árabes e persas são trazidos para arranjos que comportam também o canto brasileiro, com interpretações de cantoras Oula Al-Saghir, da Síria/Palestina, e Mah Mooni, do Irã, ao lado da brasileira de Mato Grosso do Sul, Paula Mirhan. Já temas que propõem o diálogo África-Brasil têm as vozes de Mariama Camara, da Guiné-Conacri, e de Leonardo Matumona e Hidras Tuala, ambos do Congo. Na percussão o brasileiro Beto Angerosa e Abou Cissé, da Guiné-Conacri. E outros como Claudio Kairouz (Brasil – kanun), Daniel Muller (Brasil – acordeon), Pedro Ito (Brasil – bateria), Danilo Penteado (Brasil – piano), Maiara Moraes (Brasil – flauta), Rui Barossi (Brasil – contrabaixo), Mathidle Fillat (França – violino), Nelson Lin (citara de martelo), Luis Cabrera (saxofone) e Yousef Saif (Palestina – bouzouki).Ouça o bom som dá Orquestra Mundana Refugi:
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